– Apóstolo da Eucaristia
Patrono dos Retiros Agapeterapia e intercessor pela adoração perpétua no carisma
O Apóstolo da Eucaristia, nasceu em Esère, França, em 4 de fevereiro de 1811, filho do segundo casamento de um comerciante viúvo. Pedro Julião marcou toda a Igreja com o verdadeiro culto a Jesus Eucarístico.
São Pedro Julião Eymard pertencia a uma família tão religiosa que a própria mãe o levava diariamente na Igreja para receber a benção do Santíssimo. Certa vez o menino de cinco anos desapareceu de casa e quando o procuraram na Igreja encontraram Pedrinho com o ouvido colado ao Sacrário com esta resposta nos lábios: “Aqui eu escuto melhor o que Jesus me diz”. Foi à luz do Cristo Eucarístico que descobriu sua vocação ao sacerdócio, a qual se concretizou depois de vencer as oposições do pai, tornando-se assim um padre secular e mais tarde religioso na Congregação dos Maristas. Como sacerdote secular foi zelosíssimo, a ponto de ser comparado ao Cura d’Ars. Passou, a seguir, 17 anos como religioso na Sociedade de Maria, chegando a ocupar cargos dos mais altos nessa família religiosa.
Padre Eymard já notava que havia certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio Papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris. Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos se comprometeram na adoração ao Santíssimo Sacramento.
São Pedro Eymard percebendo a indiferença do povo para com Jesus Eucarístico e inspirado por Nossa Senhora concluiu: “É necessário tirar Cristo do Sacrário, apresentá-lo ao povo como grande Senhor, Mestre, Salvador, vivo, real em nosso meio”. Viajando toda a França, deixando vários escritos, abrangendo sacerdotes, religiosos e leigos na sua obra em honra ao Santíssimo Sacramento, São Pedro Julião tudo conseguiu por causa do auxílio da graça e têmpera diante dos inúmeros sofrimentos. Durante estes anos de vida eucarística, vemos o Pe. Eymard empenhado em um apostolado que se dirige, sobretudo, aos pobres da periferia de Paris e aos sacerdotes em dificuldade; dedica-se à Obra da primeira comunhão de adultos e atende numerosos compromissos na pregação, centrada principalmente na Eucaristia.
Seus últimos anos de vida foram repletos de sofrimentos, ocasionados estes em boa parte por seus próprios religiosos que já não tinham confiança em seu Santo Fundador. Disse ele nessa penosa conjuntura: “Eis-me aqui, Senhor, no Jardim das Oliveiras; humilhai-me, despojai-me; dai-me a cruz, contanto que me deis também o Vosso Amor e a Vossa Graça”.
A vida e a atividade deste santo estão centradas no mistério da Sagrada Eucaristia. Ao princípio, entretanto, seu enfoque era tributário da teologia de seu tempo, insistindo sobre a presença real. Mas, chegará a livrar-se pouco a pouco do aspecto devocional e reparador que tingia de maneira quase exclusiva a piedade eucarística de sua época, e conseguirá fazer da Eucaristia o centro da vida da Igreja e da sociedade. Permaneceu sempre insistindo: “Nenhum outro centro se não de Jesus Eucarístico”.
Ele foi um dos Santos mais eucarísticos da história da Igreja. Toda a sua espiritualidade e mística estavam centradas na Eucaristia. São Pedro Julião Eymard pôde com seus lábios e vida proclamar: “Para mim, viver é Cristo, e Cristo Sacramentado”.
Faleceu no dia 1º de agosto de 1868, aos 57 anos de idade. Celebramos em sua honra todo dia 2 de Agosto.
A cada dia, como São Eymard, oremos após recebermos a Santa Eucaristia:
“Adoro-Vos, Ó Divino Jesus, vivo e presente na Eucaristia, tesouro inesgotável dos dons celestes; fonte universal de onde o bem, a luz, as virtudes, a felicidade, a bênção, a perfeição e tudo que há de mais puro, belo e santo emanam e difundem-se na Igreja e nas almas.
Pela virtude desta admirável plenitude, dignai-Vos, vo-lo peço, atendei as minhas humildes súplicas, afastai de minha alma e de meu corpo os perigos a que estão expostos, e concedei-me a graça de que tenho premente necessidade. Com inabalável confiança vo-lo peço e, em retribuição de vossos benefícios, ofereço-me sem reserva para Vos amar, servir e glorificar no adorável Sacramento da Eucaristia. Amém.”
São Pedro Julião Eymard, rogai por nós e por nossa Comunidade!
NOVENA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD – 24 de Julho a 1.º de Agosto
ORAÇÃO PARA TODOS OS DIAS DA NOVENA
O God, Who through the preaching and example of Saint Peter Julian Eymard,
Ó Deus, que, pela pregação e exemplo de São Pedro Julião Eymard renovastes Vossa Igreja na santidadeand inflame many souls with zeal e inflamastes muitas almas com o zelofor the adoration of the Most Holy Sacrament of the Altar; pela adoração ao Santíssimo Sacramento do Altar, Voswe beseech Thee, through his intercession,VosVos suplicamos, e por sua intercessãoto gather priests of one mind and one heart, sejamos reunidos em um só espírito e um só coração e to keep watch in adoration before the Eucharistic Facevigiemos em adoração diante da Face Eucarística de Vosso Filho amadoof Thine Only-Begotten Son, Our Lord Jesus Christ Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dai-nos tambémand to abide before His Open Heart, permanecermos diante de Seu Coração aberto, in reparation for those who forsake Him, hidden in the tabernacles of the world, em reparação por aqueles que O abandonam, escondido nos tabernáculos do mundo, and in thanksgiving for the mercies that ever stream e em ação de graças pelas misericórdias que sempre jorramfrom the Sacred Mysteries of His Body and Blood. do Mistério Sagrado de Seu Corpo e Sangue.
MEDITAÇÕES
1.º DIA – “Todos nós precisamos nos converter, porque temos defeitos, fraquezas, e todos trazemos em nós o velho homem. Verdade é que os defeitos dos quem levam vida interior são menos aparentes, menos grosseiros; mas, por pecarem contra o Amor privilegiado de Nosso Senhor, são mais sensíveis ao Seu Coração. É preciso buscar a conversão real do homem natural ao homem espiritual, ou seja, da virtude imperfeita à perfeita. E podeis ter certeza de que mais custa desvencilhar-se do estado imperfeito do que do pecado. Não gosto de ouvir dizer que pessoas são ‘santos e anjos’ já nesta vida. Tudo isso é senão o pó que se lhes lança aos olhos; só quem entra no Céu é santo. Examinai-vos cuidadosamente à luz do amor divino, vede os deveres inerentes à vossa vocação e então me direis se sois santos!”
2.º DIA – “Deus me amou desde toda eternidade! Verdade esta que devemos meditar toda a vida. Sempre existimos no Amor divino, e a Santíssima Trindade sempre nos teve presente. O Pai pensava na criatura, o Filho naqueles que havia de remir, o Espírito Santo nos que havia de santificar. Deus me amou sempre! Esta verdade deverá provocar nosso reconhecimento… é justo que nosso amor lhe pertença, e mesmo assim nunca satisfará a nossa dívida para com o Amor Infinito. E, à criatura que nos peça nosso coração, respondamos que já pertence de direito a Deus, em primeiro lugar, pois que em primeiro nos amou”.
3.º DIA – “Deus nos criou para o Céu, não para a terra; criou-nos para nos tornar eternamente felizes. A vida do tempo é apenas o caminho, a ponte, que nos será necessário atravessar para alcançar o Paraíso.
O Paraíso é a posse de Deus, o termo do amor que nos tem. O amor quer se dar repartindo tudo o que tem, tudo o que é. Deus, Amor Infinito, não quer ser feliz a sós, e recebe-nos no Paraíso a fim de se dar a nós tal qual é, em toda a Sua Perfeição, na Sua infinita Felicidade!”
4.º DIA – “Evitai, portanto, as menores culpas, a fim de não obrigar Nosso Senhor a os fazer esperar pela recompensa; é-lhe muito penoso enviar almas ao purgatório, mas sempre que Sua Justiça o exigir, Ele o fará, embora repugne ao Seu amor. A conclusão a tirar é preferirmos a morte ao pecado mortal, e até o pecado venial deliberado. Antes sofrermos tudo; até a própria morte, que ofender a Deus! Mas quantas vezes não mentimos para nos justificar, para encobrir nossas culpas!”
5.º DIA – “Quantos pecados contra o próximo! Todo cuidado é pouco! Ferem-lhe o Coração e não esperará a outra vida para castigá-los, mas já o fará neste mundo. Esses pecados violam Suas Leis mais santas, a Lei do Amor de Deus e a Lei do Amor ao próximo. Todavia, quantos pecados contra a caridade, a humildade, a paciência em relação ao próximo! Não vos desculpeis dessas faltas. Fugi da obra do pecado, diz o Espírito Santo, como fugiríeis de uma víbora!”
6.º DIA – “A Misericórdia de Deus é magnânima; perdoa generosamente e para sempre. Não sabe esquecer senão radicalmente. Restitui-nos a alegria da inocência e a honra primitiva. Não perdoa como homem, mas como Deus. Quer que só nos recordemos dos nossos pecados, mas de um modo amoroso, reconhecido, que nos faça louvar Sua Misericórdia que nos perdoou. Vivei dessa Misericórdia e que a Paciência que o Senhor demonstra na longa espera e nos repetidos perdões a Ele vos atraia; quanto mais cedo vos tornardes à Misericórdia depois de pecar, tanto mais cedo sereis perdoados. Nunca desanimeis!”
7.º DIA – “A personalidade é o próprio ser, princípio da vida, das ações, aquilo que vos constitui pessoa humana e indivisível, vos distingue de qualquer outra e vos estabelece no ápice da perfeição natural. É a personalidade que domina a alma e o corpo, as faculdades e os sentidos, que os instiga, que se responsabilizam por seus atos, lhes imprime a qualidade de atos humanos; sobre ela recai também tudo que vos diz respeito, tal como a afeição, o louvor e toda propriedade do corpo e do espírito, porquanto nem o louvor, nem o amor se dirigem precisamente ao corpo ou ao espírito, mas sim a vós, a pessoa revestida desses dons e que os faz frutificar. Proponho-vos agora a fazer a Nosso Senhor o dom formal e explícito do ser e da personalidade, para serdes verdadeiramente adoradores e servos!”
8.º DIA – “Mas, direis, é bem difícil conseguir amar sempre a Jesus Cristo por Ele mesmo, sem nunca se procurar a si em alguma coisa? É verdade. É difícil atingir a perfeição do amor e é impossível proceder sempre movido por um amor atual; o que vos proponho, porém, é dar-vos a Deus por um ato de amor que abranja vosso ser e toda a vossa vida, para depois procederem o mais possível guiados pelo Espírito, nesse dom de amor. Maria manifesta seu modo de corresponder a essa vida de Deus nela por esta palavra bendita, uma das mais belas que tem sido dado ao mundo ouvir: “Eis aqui a Serva do Senhor”. E qual seu significado? Abandono-me e me entrego totalmente ao que em mim desejar fazer meu Senhor e meu Deus, não querendo mais pensar, nem querer, nem proceder, senão como servo, inspirado, movido, levado em tudo por Sua Vontade”.
9.º DIA – “A educação interior do adorador consiste em aprender a viver interiormente e a pensar, falar e conversar com Nosso Senhor… Aprendei a pensar em Jesus, mas ide procurá-Lo onde Ele permanece por vós, não no Céu, mas no Santíssimo Sacramento, e que Ele seja o sol que ilumine toda vossa vida; conservai-vos sempre sob seus raios, e desde que Ele vo-los comunica, que nada escape à Sua luz e ao Seu calor benfazejos. Que o amor seja a ciência de vossa adoração. Adorai com vosso coração, com toda simplicidade, e sabei que o amor é a verdadeira ciência da adoração!”
Oração Final: Senhor e Pai, atendei durante esta Novena, os pedidos que Vos fazemos através dos méritos e ensinamentos e da poderosa intercessão de nosso querido patrono. Por seus méritos aWho liveth and reigneth with Theessisti-nos e guiai-nos na vida e na hora da nossa morte, para que possamos bendizer a Deus nesse mundo e gozá-lo na eternidade com Jesus Cristo, a quem tanto ele amou e ama. Vós que viveis e reinaisin the unity of the Holy Spirit, na unidade do Espírito Santoone God, world without end. agora e para sempre. Assim seja. mAmen.Pai Nosso. Três Ave Marias . Glória
Rogai por nós, São Pedro Julião EymardR. That we may be made worthy of the promises of Christ., para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
PENSAMENTOS DE SÃO EYMARD
“Eu ainda não O amava, e Ele Jesus já me tinha Amor”
“Eis-me aqui, Senhor, no Jardim das Oliveiras. Humilhai-me, despojai-me. Dai-me a cruz, contanto que me deis também o vosso amor e a vossa graça.”
“Amor sem renúncia é amor próprio camuflado”